26
Set 12




Mal me contenho de ansiedade... Parece-me que esta produção vai ser sensacional! Aguardemos ;)



publicado por a dona do chá às 15:18

11
Set 12
Thomas Hardy é um autor que aprecio muito, embora nunca tenha lido nenhuma obra sua. Nenhuma está traduzida para português e falta-me a coragem para me embrenhar nelas em inglês, dada a complexidade linguística muito ligada a um inglês 'antigo' e ruralizado.

 

Tenho no entanto visto algumas adaptações das suas obras para televisão. As mais conhecidas, entre muitas, figuram entre:

-Under the Greenwood Tree (1872) http://booksandmovies.blogs.sapo.pt/67143.html

-Far from a madding crowd (1874)

-Tess of the d'urbervilles (1891) http://booksandmovies.blogs.sapo.pt/8958.html

-Jude the obscure (1895)

 

 

Aqui há uns dias vi a adaptação de 1998 de Far from a madding crowd. Andava ansiosa para a ver já há algum tempo. No entanto, via pequenas partes e as imagens pareciam-se sempre tão escuras que isso me desanimava sistematicamente. Mas um dia, lá me decidi a ver. E, quando pensava que ia ver um filme com a duração normal dos filmes, 'suportei' aquilo por quase mais de três horas. Foi, todavia, um 'suportar' muito positivo, caso contrário teria deixado para outro dia. No final, queria mais! Foi uma tarde bem passada! E ficou curiosa para ler o livro. 

 

A história fala de uma mulher (Bathesba Everdene) por quem Gabriel Oak, um pastor, se apaixona e a quem pede casamento. Ela recusa pois não se descobre apaixonada por ele. Tempos depois, Bathesba fica rica ao descobrir que o seu tio lhe deixou a sua fazenda. Lá, começa uma nova vida, tentando provar aos seus empregados que, apesar de mulher, é capaz de administrar a fazenda. Entre os empregados surge Gabriel que, depois de perder a sua propriedade, vagueia sem emprego ou residência. Ela acaba por contratá-lo depois de ele evitar um incêndio grave num dos seus celeiros. 
Bathesba e Gabriel
 
Gabriel continua apaixonado por ela. Mas não se atreve a avançar novamente porque ele agora é um simples empregado e ela a sua patroa. Isto apesar de Bathesba ser daquelas patroas que não tem medo de sujar as mãos juntamente com os seus subalternos e, por isso mesmo, começa a ser admirada por todos. Com o decorrer da história aparece William Boldwood, um proprietário rico e solteiro, porém muito mais velho que ela, que por uma brincadeira no Dia dos Namorados acaba enamorado de Batsheba. Acaba também por pedi-la em casamento mas ela recusa, insegura mais por causa da idade dele. Pelo meio, temos ainda o sargento Francis Troy, um atraente soldado que regressa a casa e seduz Bathesba, com quem acaba por casar. Troy apesar de parecer um conquistador insensível que chega a destratar psicologicamente Bathesba, tem no entanto uma história desconhecida bonita e que vai terminar de forma trágica. Bathesba age honestamente e de acordo com a sua personalidade doce até ao fim, mesmo depois de ter sofrido às mãos do marido e das repercussões do seu passado.
 
Entre mais um ou outro pequeno pormenor importante, esta é mais ou menos a história de Far From a Madding Crowd. O que achei mais interessante foi o facto de Gabriel Oak assistir a todas estas vivências de Bathesba sempre na sombra, aconselhando-a ou repreendendo-a quando possível, e assistindo à sua fúria quando ela não estava de acordo com as ideias dele sobre o que se passava na sua vida. Claro que no fim, vence o amor... depois de algumas tragédias. Ficou-me no entanto uma questão à qual provavelmente só obterei resposta se ler o livro: teria Batsheba repudiado Gabriel por ele ser de uma condição social inferior ou apenas porque não aceitava o seu amor tão devoto e fiel?
 
Esta versão de 1998 é bonita apesar de não ter uma qualidade de imagem muito boa. Conta com as participações de Paloma Baeza (Batsheba Everdeen), Nathaniel Parker (Gabriel Oaks), Jonathan Firth (Francis Troy) e  Nigel Terry (William Boldwood). Há ainda uma versão de 1967 com a Julie Christie que não vi mas que dizem inferior a esta de 1998, apesar de ter estado nomeada para um óscar e outros prémios. 
 
Deixo um vídeo (com direito a música) que mostra algumas das cenas entre Bathesba e Gabriel.
 
   
publicado por Sandra F. às 19:35

03
Set 12

 

 
 

Começo então a série de posts prometida sobre as várias adaptações do livro Jane Eyre de Charlotte Brontë que já vi. Antes de começar quero salientar que isto são apreciações das adaptações e por isso quem nunca viu e não quiser saber como é deverá evitar estes posts. No fim, farei, em principio um top das adaptações: Melhor Rochester, Melhor Jane, nesse post irei também salientar os aspectos da obra que todas as adaptações conseguiram transmitir e aqueles que todas falharam. Além das semelhanças, na forma como a cena é feita, que já detectei em visualizações anteriores.

 

Foi em 2008 que se ouviu falar de novos planos para fazer mais uma adaptação deste livro. Por essa internet fora muitas vozes se ergueram contra a ideia, na altura o mundo ainda não tinha esquecido a adaptação feita dois anos antes pela BBC.

Nesta mesma altura surgem rumores que estava a ser planeado um filme sobre as irmãs Brontë, filme que ficou pelo caminho por falta de financiamento. Aqui a indignação subiu de tom, então não há dinheiro para um filme sobre as irmãs mais famosas da literatura e há para um nova adaptação de Jane Eyre? Já não foi adaptado vezes suficientes?

A verdade é que Jane Eyre tem uma popularidade e aclamação que outros livros de Charlottë Brontë não têm e talvez por isso mais uma adaptação não faça mal.

Eu também fiz parte do grupo de indignados e mais fiquei quando às primeiras imagens que vi desta adaptação a mesma me pareceu uma cópia barata da versão de 2006. Apesar de tudo decidi dar o beneficio da dúvida e perder tempo e dinheiro a ver o filme. Além disso não queria falar mal sem ver...

Estava prestes a ser surpreendida e não sabia.

 


 
Um dos aspectos que diferencia esta adaptação é o facto de começar com Jane a fugir de Thornfield Hall. Nenhuma adaptação teve esta ideia e todas começam com Jane a esconder-se do seu primo Jonh. Foi uma boa ideia e cria no espectador a vontade de saber como é que ela chegou ali e porque fugiu ela, ainda que a maioria já o saiba.
 
Como todas as adaptações esta também não perde muito tempo na infância. Apesar de gostar da Sally Hawkins não a achei uma boa Mrs. Reed, pareceu-me que não tinha a frieza e desdém necessários. Também não fiquei particularmente contente com o Mr. Blockhurst. Já o Jamie Bell e o seu St. Jonh causam-me sentimentos opostos, se por um lado acho a sua interpretação boa, a sua aparência não corresponde ao livro. Para mim este personagem tem de ser interpretado por um actor lindo de morrer, daqueles que olhamos e pensamos, como se diz em inglês: i need my smelling salts!
Outro elo fraco foi a Miss Ingram, mas aqui calculo que não tenha sido tanto por causa da interpretação da actriz mas pelo próprio guião que não lhe deu tempo para a conhecermos. Quanto ao resto do casting gostei, apesar de não apreciar totalmente a Mia Wasikowska enquanto Jane e de achar que a sua química com Fassbender não ser muita. Há um claro destaque para Judy Dench enquanto Mrs. Fairfax mas a verdade é que esta actriz nunca erra.
Outra particularidade desta adaptação é a Adele falar muitas vezes em francês e assim aproximar-se mais do original.
 
Há no entanto, na minha opinião uma falha grave, muito grave, é omitida a história de Celine Varens. Para mim é um dos momentos chave do livro e não devia ser omitido. É através desta história que Rochester se redime aos olhos do leitor/espectador porque é capaz de cuidar de uma criança que não acredita ser sua. Quando mais tarde descobrimos que queria casar com Jane acabamos por lhe perdoar mais facilmente, além disso ter ficado com a mulher em casa em vez de a colocar num asilo também abona a seu favor. A verdade é que a própria história de Bertha ficou um bocado mal contada.
 
De uma maneira geral gostei bastante desta adaptação e como todas tem as suas falhas e os seus momentos altos. Um desses momentos é quando Jane despe o seu vestido. A rapidez com que ela despe o vestido de noiva acaba por demonstrar como o mesmo outrora simbolo da felicidade se torna um fardo, é como se vestido lhe queimasse o corpo e tendo em conta que ela ia casar enganada, o mesmo torna-se simbolo do pecado em oposição a ser um simbolo de felicidade e mais concretamente, principalmente naquele tempo, de  pureza.
 
 

 

Para terminar aqui fica um vídeo que a Sandra me enviou ontem e que pode ajudar os mais indecisos a ver esta adaptação, muito mais que o trailer:

 

 

 

 todas as imagens foram retiradas deste blogue: Periods & Films

 

 

 

publicado por Vera às 14:05

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