08
Fev 13

 

A década de 90 do século passado deu-nos duas adaptações de Jane Eyre. Uma foi feita em 1996 e a outra em 1997, é precisamente sobre a última que vou falar.

 

Esta versão foi feita para televisão, mais precisamente para a ITV e ao contrário de versões anteriores ou posteriores não foi uma mini-série mas sim um telefilme. A primeira sensação que fica após ver esta adaptação é que a mesma foi apressada. Jane passa de Gateshead para Lowood e de Lowood para Thornfield com uma rapidez impressionante.

A parte da infância é muito apressada, mas mesmo assim achei a cena passada no quarto vermelho bastante boa. Ao contrário de outras adaptações esta parece esquecer o elemento gótico e até mesmo sombrio que outras têm. Nas adaptações de 2006 e 2011, quando Jane chega a Thornfield Hall é quase noite. Nestas adaptações os cenários nocturnos aquando da chegada dela dão ao espectador uma certa inquietação, um certo medo, isso não acontece nesta adaptação e Jane chega em plena luz do dia.

 

Outro aspecto importante é que Rochester mostra-se muito amistoso com Adele e a personagem foi bastante mais suavizada. Rochester não é cruel ou frio, mas é um pouco brusco na forma de falar. Há quem diga que este Rochester, interpretado pelo Ciran Hinds grita muito, eu não achei isso, mas achei que por força de ter sido suavizado acabou por se expressar em algumas vezes de uma forma que parece uma criança a gritar por um brinquedo. Uma cena que demonstra isso é após o casamento falhado, quando Jane o abandona.

 

Samantha Morton é uma boa Jane, mas como a todas as outras parecer faltar-lhe algo, também ela me parece mais doce e menos decidida. Nesta adaptação Mrs. Fairfax foi um pouco esquecida e apenas parece encher o ecrã. Química, esse elemento tão importante existe entre os protagonistas, mas não é uma química palpavel e que se sinta no ar.

 

De um modo geral, esta é uma boa adaptação e da qual eu gosto. Achei alguns momentos particularmente bem feitos e dentro dos possíveis fieis ao livro.

Quem quiser ver pode fazê-lo no youtube. Esta adaptação também se encontra à venda na Fnac.

 

 

 

publicado por Vera às 12:45

06
Fev 13

 

Escrevo este artigo baseado inteiramente na minha opinião pessoal, que por falta de compreensão da minha pessoa pode ter conduzido a ideias erradas acerca do mesmo.

Quando comecei a ler o livro foi na perspectiva do romance histórico, desde sempre me senti atraída pela história e por toda a literatura que de uma forma descritiva nos transporte para outras épocas. Gosto por isso, maioritariamente de livros não contemporâneos.

No presente caso parece me que este deva ser um livro conduzido na sua leitura por alguém com conhecimentos literários que nos permitam a compreensão a um nível mais profundo.

A minha formação é na área das ciências e embora do ponto de vista de interpretação muitas vezes isso não se sinta de forma particularmente pronunciada, neste livro, que não pretendia ser, mas é um meio caminho na prosa poética, limitou a minha compreensão da história e organização literária. Contudo, talvez por não ter sido uma obra discutida por mim ao longo da minha formação eu tivesse curiosidade em conhecer a mesma.

A história centra-se no tempo das Guerras Santas na Península Ibérica, antes de Portugal ser Portugal e da Espanha ser Espanha, apesar de o livro ter sido escrito em meados do século XIX.

Este retrata todo um sistema de valores em vigor na época na qual decorre a acção, a luta como uma forma de defesa da honra, a religião como uma fuga às paixões humanas e às frustrações das nossas vidas na terra, a traição da pátria e o amor proibido entre Hermengarda e Eurico. No final é uma história triste e rebuscada, por Eurico se ter tornado Padre, Hermengarda Enlouquece e perante cenário tão devastador Eurico parte para o combate na esperança de morrer...

Devo dizer que já não se fazem histórias de amor assim, até porque tudo naquele momento faz o leitor desejar um final diferente para a história e claramente nos leva à compreensão que a vida nos tempos de Hoje parece muito mais simples na interação humana.

publicado por Eva Sousa às 10:10

04
Fev 13

Na televisão portuguesa passam poucas séries de época, a produção nacional neste campo é também bastante escassa. Recentemente a RTP1 começou a exibir Depois do Adeus.

A série acompanha uma familia que regressa de Angola após o 25 de Abril, emitida aos sábados pela RTP1, pelas 21h, esta é uma excelente série sobre uma época da nossa história pouco falada/abordada.

Podem ver os episódios já emitidos e fica a conhecer melhor o universo de Depois do Adeus aqui. 

 

 

publicado por Vera às 11:32

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