28
Ago 12

Downton Abbey é rica em personagens e as relações entre as mesmas nem sempre são fáceis de entender. Vejam esta imagem e de certeza que ficam mais esclarecidos.

 

                                                                                                                                      fonte: Edwardian Promenade

publicado por Vera às 17:05

22
Ago 12

12 de Novembro de 1865, foi a data da morte de Elizabeth Gaskell, a autora que expôs muitos dos dramas dos vários estratos sociais existentes no século XIX, na era vitoriana. As suas obras propiciaram não só o deleite de vários amantes da Literatura mas também o interesse de muitos historiadores sociais.

 

Em 25 de setembro de 2010, foi-lhe dedicado um memorial em Poet's Corner na Abadia de Westminster. O memorial tem a forma de um painel na janela do memorial Hubbard, acima do túmulo de Geoffrey Chaucer e foi dedicado pela sua trineta Rosemary Dabbs.

 

 Imagem retirada daqui

 

Do bico da sua pena, saíram contos e obras maravilhosas, uns mais mediáticos que outros, outros mais criticados que outros. São famosos até hoje. Provavelmente não no nosso país. Os mais conhecidos dos seus romances restantes são: Cranford (1853), North and South (1855), e Wives an Daughters (1865). E mesmo que a sua escrita esteja de acordo com as convenções vitorianas (incluindo assinar o seu nome "Mrs. Gaskell"), Gaskell normalmente emoldura as suas histórias com críticas de atitudes contemporâneas: as suas primeiras obras focaram o trabalho nas fábrica em Midlands. E sempre enfatizou o papel das mulheres, com narrativas complexas e dinâmicas personagens femininas.

 

BIBLIOGRAFIA DA AUTORA:

 

Romances

Novelas e coleções

Contos (parcial)

  • Libbie Marsh's Three Eras (1847)
  • Christmas Storms and Sunshine (1848)
  • The Squire's Story (1853)
  • Half a Life-time Ago (1855)
  • The Poor Clare (1856)
  • "The Manchester Marriage" (1858), um capítulo de A House to Let, co-autoria com Charles Dickens, Wilkie Collins e Adelaide Anne Procter.
  • The Haunted House (1859), co-autoria com Charles Dickens, Wilkie Collins, Adelaide Proctor, George Sala e Hesba Stretton.
  • The Half-brothers (1859)
  • The Grey Woman (1861)

Não ficção

 

Bibliografia para os três posts :

Wikipédia  #http://pt.wikipedia.org/wiki/Elizabeth_Gaskell

Books and Reviews #http://booksandreviews.wordpress.com/2012/03/25/mrs-gaskell-a-biography/

Brodie's Notes on Mrs Gaskell's North and South, Graham Handley, College of All Saints, Tottenham, MacMillan Press Ltd, 1988

                                Elizabeth Gaskell: 1851 retrato de George Richmond

publicado por Sandra F. às 22:49

21
Ago 12

Como qualquer pessoa que gosta de ler já tinha ouvido falar das Irmãs Brontë, contudo só quando vi um documentário sobre elas é que decidi que também eu devia ler os livros que elas tinham escritos. De todos os que escreveram foi Jane Eyre de Charlotte Brontë, o que mais me chamou a atenção.

Algumas semanas depois de ver o documentário adiquiri o livro, mas não o li logo.

Em Setembro de 2006, estava a ver a programação da RTP Memória quando vi que iam dar um filme chamado " A Paixão de Jane Eyre", fiquei intrigada porque desconhecia que existia um filme do livro que tinha na estante.

 

Liguei o televisor à hora marcada e ao fim de dez minutos estava completamente viciada e ansiosa para saber o que ia acontecer aquela menina orfã e mal amada. Hoje sei que esta versão não é das melhores mas posso-vos dizer que gostei muito dela e no dia seguinte comecei a investigar Jane Eyre e Charlote Brontë. Nas minhas deambulações descobri que naquela altura a BBC estava a transmitir uma série ( era a versão de 2006) e fiquei com vontade de ver.

Mas esta não era a única adaptação, havia muitas outras e eu tentei ver todas as que pude. Quando a Sandra falou há dias sobre a adaptação de 1943, lembrei-me de fazer uma série de posts sobre as várias adaptações que já vi. Por isso vão aparecendo por cá para irem descobrindo novas adaptações ou recordar as que já viram.

 

imagem daqui
 
 
 
publicado por Vera às 13:10

20
Ago 12

A primeira experiência ligada à maternidade provou-se dramática para Elizabeth mas também foi a partir dessa experiência que nasceu a escritora. Na sua primeira gravidez, a criança do sexo feminino nasceu morta e, receosa que acontecesse novamente, na gravidez seguinte, ela iniciou um diário onde escrevia tudo o que se passava com ela e mais tarde com a sua primogénita Marianne, nascida em 1834. Em 1837, nasce Meta, a sua segunda filha e sobre essa época, Elizabeth escreve: "When I had little children, I do not think I could have written stories, because I should have become too much absorbed in my fictious people to attend to my real ones". Teria ainda uma outra filha, Flossy, nascida em 1842, e um filho, William, nascido em 1844 e falecido dez meses depois. Em 1846, nasce a última filha, Julia. Aquando da morte do seu filho William, foi o marido que a incentivou a recomeçar a escrever para se distrair e afastar o pensamento da tragédia. E assim começou a carreira desta escritora vitoriana.

 

As três filhas mais velhas de Elizabeth Gaskell (Marianne, Meta e Flossy)

Imagem retirada daqui daqui

 

Em 1837, morre a tia Lumb que lhe deixa uma pequena herança. Isso aliado à melhoria da situação financeira do marido, permite-lhe começar a viajar. Entretanto, começa a publicar textos anonimamente e depois sob o nome de Mrs Gaskell (ao contrário das suas companheiras Austen e as Bronte, mulheres solteironas e párias, Gaskell era uma senhora casada, com filhos e completamente inserida na sociedade, o que lhe trazia muito mais estatuto que às amigas, daí ter optado pelo nome de Mrs Gaskell). Passa a ir muitas vezes a Londres, sem a presença do marido que se mantém em Manchester, cultivando um estilo de vida diferente daquele que se espera de uma esposa vitoriana.

 

Torna-se então famosa e amiga de Charles Dickens. A sua primeira obra Mary Barton estabelece-a definitivamente como escritora apesar de criticada por retratar apenas um dos lados da revolução industrial e da depressão económica.Quando começa a publicar na revista Households Words de Charles Dickens, numa época em que a literatura é bastante consumida, torna-se numa referência para a faminta classe média com os seus textos seriados (excertos publicados com determinados espaço de tempo e que fazem parte de uma mesma história). Em 1850, já estabelecida na revista Households Words de Charles Dickens, compra uma casa, em Plymouth Grove, Manchester, para toda a família. Aí escreveu obras com North and South e Cranford.

 The Gaskell house at Plymouth Grove in Manchester (via Wikipédia)

 

É também em 1850 que conhece Charlotte bronte de quem se torna grande amiga e por quem sente uma grande compaixão. Sobre ela escreveria The life of Charlotte Bronte, a pedido da própria, e onde pretende honrar aos olhos do mundo a mulher que todos admiravam como escritora.  Contudo, a inserção de alguns factos incorrectos trouxeram alguns problemas a Gaskell que foram, no entanto remediados numa segunda edição desta obra, tornando-a num dos grandes clássicos de Elizabeth Gaskell e numa biografia soberba de Charlotte Bronte.

 

Sobre a sua relação com Charles Dickens, sabe-se de um mal-entendido passado por causa da obra Cranford. Elizabeth fez com que o fictional Capitão Brown fosse um apreciador da obra de Dickens The Pickwick Papers; no entanto, Dickens alterou essa parte da história sem o conhecimento de Gaskell, tornando a personagem apreciadora dos Hood's Poems. Gaskell não gostou da alteração, tendo ficado muito zangada e por isso Dickens desculpou-se, não querendo perder a amizade e o trabalho de Gaskell. No entanto, pouco mais tarde, ambos desentenderam-se novamente por causa da obra North and South, tendo Dickens mencionado que 'Mrs Gaskell showed a total disregard for the basic principles of serial publication, punctuality and regulation of lenght'. Apraz-me, contudo, saber da opinião de Mrs Gaskell sobre North and South (que, não fosse o desagrado de Dickens, se chamaria Margareth Hale) que, após a série de publicações, escreveu 'I meant it to have been so much better'. No entanto, foi a pressa de publicação de Dickens aliada à falta de profissionalismo demonstrado por Gaskell em edições anteriores desta obra, que originou o final tão apressado e quase forçado.

 

Ruth, uma história que foca problemas morais, sociais e sexuais da sociedade de então, é publicado em 1853, recheado de situações melodramáticas. Apresenta-nos a história de uma mãe solteira e a hipocrisia daqueles que se julgam religiosos e a quem falta compaixão, humildade e caridade cristã. Obviamente que este livro gerou um tumulto social muito grande mas Mrs Gaskell sabia no que se tinha metido e a coragem para escrever esta obra continuava expressa numa carta que escreveu a uma cunhada: 'Of course it is a prohibited book in this, as in many other households... but I have spoken out my mind in the best way I can, and I have no doubt that what was meant so correctly must do some good'.

 

Em Roma, Elizabeth Gaskell conhece Charles Eliot Norton, um estudante de História da Arte, dezasseis anos mais jovem que ela e ambos se sentem imediatamente atraídos um pelo outro. Dela, ele afirmava '...like the best things in her books; full of generous and tender sympathies, of thougtful kindness, of pleasant humor, of quick appreciation, of utmost simplicity and truthfulness...' Esta amizade permaneceu sem que invadisse a vida de casada de Elizabeth ou a sua devoção ao marido e à família.

 

O último trabalho de Elizabeth Gaskell, Wives and Daughters estava a um capítulo do seu final quando ela faleceu,em Novembro de 1865, vítima de insuficiência cardíaca, nos braços da filha Meta, na casa que comprara secretamente em Alton, Hampshire, com a secreta intenção de convencer William, o marido, a deixar Manchester e a retirarem-se para Londres na sua velhice. A típica senhora vitoriana com uma atípica vida vitoriana, morreu longe do seu marido, que num mesmo dia soube não só do seu falecimento como da existência da nova casa. Crê-se que, com esta última obra, Mrs Gaskell tenha atingido um alto nível de maturidade artística. Conta a história de Molly Gibson, filha do médico da aldeia, numa brilhante, evocativa e irónica imagem da vida provinciana e da depois segunda mulher do seu pai, Mrs Kirkpatrick, uma mulher fina, vaidosa, egoísta, superficial e doida.

 

The Gaskell Grave, Brook St Chapel, Knutsford

Imagem retirada daqui

 

Destaca-se que, aparte o seu estilo de vida pouco convincente socialmente, Elizabeth Gaskell contribuíu significativamente para a Literatura Inglesa, tendo sido subestimada e esquecida ao longo dos tempos. Escreveu maioritariamente sobre as mulheres da sociedade vitoriana e de como viviam em perigo de se tornarem párias. Contudo, apesar de tão importantes temas, Mrs Gaskell não é incluída em currículos de Literatura e não é famosa como devia ser.

 

Continua.....

publicado por Sandra F. às 19:30

19
Ago 12

"Sometimes, the life of authors is key to understand their works"

Elena, Blog Books and reviews #http://booksandreviews.wordpress.com

 

Quem me conhece nestas andanças bloguistas sabe que sou uma apreciadora feroz de North and South da escritora britânica Elizabeth Gaskell, seja da obra em si, seja da adaptação de 2004 da BBC. As outras obras desta autora, nunca li, mas a sua leitura está seguramente nos meus planos futuros, mesmo que em inglês, dado que no nosso belo Portugal não se fazem traduções desta autora ou outras semelhantes, vá-se lá saber porquê! 

                                                    Crédito da imagem: aqui

Assim sendo, e porque esta senhora merece o seu reconhecimento, mesmo que póstumo, como uma das grandes escritoras da era vitoriana, segue um breve texto sobre aquilo que foi a vida de Elizabeth Gaskell e ainda como nasceram as suas obras. É impressionante a vida dura que levou e a forma como ultrapassou tudo, sobretudo através da escrita. Far-se-à também uma breve conexão da sua vida com as suas obras, ou seja como situações que viveu influenciaram a trama das suas histórias.

 

Elizabeth Gaskell nasceu Elizabeth Stevenson em Chelsea, Londres, a 29 de Setembro de 1810, filha de um Curador do Tesouro que também tinha o gosto pela escrita mas que em nada influenciou Elizabeth como escritora. A sua mãe, Catherine, morreu passado um ano do nascimento da escritora  e depois de ter visto seis dos seus oito filhos morrerem por doença. Ficaram então a encargo do seu devastadado pai, Elizabeth e o seu irmão John. Contudo, pouco tempo depois Elizabeth foi mandada para o norte de Inglaterra, para a cidade de Knutsford, perto de Manchester, para viver com a sua tia Hannah Lumb, irmã da mãe, que a criou com amor e afeição genuínas. Sobre ela, Elizabeth escreveria mais tarde: "Oh! There will never be one like her". Manteve, contudo, uma relação próxima com o irmão que partiu em 1828 para a Índia, não tendo mais voltado a Inglaterra.

 Retrato miniatura de Elizabeth Gaskell em 1832 realizado por William John Thomson (in Wikipédia) 

 

Em 1814, o seu pai tornou a casar mas não manifestou intenção de ficar com Elizabeth. Ela permaneceu então em Knutsford onde foi encorajada a ler os Clássicos, tendo frequentado  a escola de Misses Byerley's em Warwickshire, onde a disciplina era firme mas afectuosa e com uma importante componente literária. A autora abandonou a escola aos dezasseis anos, em 1827, e  existem poucas informações sobre a sua vida após este período. O pai morre em 1829. Sem fortuna, praticamente orfã e longe da capital e dos grandes círculos sociais, as possibilidades de um futuro promissor estavam quase vedadas a Elizabeth. No entanto, em 1831 conhece o professor William Gaskell com quem casa em Knutsford em 1832. Ambos mudam para Manchester, onde William lecionava e começam a sua vida e a sua família.

 

 Knutsford antes da chegada das ferrovias

 Crédito da imagem: aqui

 

Similaridades da sua vida com as suas obras:

  • O seu pai abandonou o Ministério antes de casar, tal como Mr Hale em North and South.
  • O facto de se ter mudado da urbana Londres para Knutsford, no norte de Inglaterra, pode ter influenciado a criação da obra North and South.
  • Knutsford é usualmente comparada com Cranford, cidade fictícia imortalizada na obra com o mesmo nome.
  • A ida definitiva do seu irmão John para a índia assemelha-se à ida do irmão de Matilda Jenkins, igualmente para a índia, em Cranford. Salienta-se que na obra, Peter Jenkins regressou passados muitos anos, por intermédio de uma amiga de Matilda, o que podia expressar o desejo de Elizabeth Gaskell em rever o seu irmão. O amor fraternal prejudicado por circunstâncias da vida pode ainda ser visto em North and South (Margareth e Frederick Hale).
  • A capela em Brook Street onde a autora passou grande parte do seu tempo, na sua infância em Knutsford, é amplamente descrita no capítulo 14 da obra Ruth.
  • Muitas outras similaridades podiam aqui ser focadas. No entanto, como não li todas as obras de Elizabeth Gaskell, não sou a pessoa certa para o fazer. Todavia, tenho a certeza que muitas das suas histórias e tramas se baseam nesta sua vida que se revelou tão preenchida, difícil e interessante.

 Continua....

publicado por Sandra F. às 19:29

17
Ago 12

Jane Eyre de Charlotte Bronte é possivelmente uma das grandes histórias da literatura britânica clássica que mais aprecio. Isso é indubitável desde há algum tempo a esta parte. Ler a obra é um prazer e é inevitável não me condoer com a jovem Jane Eyre ou então com o coração terrivelmente amargurado de Edward Rochester e com o estranho mas profundo sentimento que nasce entre estes dois seres.

 

No que respeita às adaptações televisivas ou cinematográficas, confesso que adoro as duas últimas realizadas. A televisiva (série) de 2006 com Toby Stephens e Ruth Wilson é maravilhosa e a mais fiel à obra original; a cinematográfica de 2011 é igualmente bela apesar de mais curta. Pessoalmente, e atendendo à que mais rápido me toca o coração, gosto da última. Acho a Jane Eyre da Mia Wasikowska muito boa, tendo ela um ar mesmo 'plain, obscure and little'. Já Michael Fassbender, que apesar de charmoso não acho bonito (e é assim que imagino o Edward Rochester da obra original), faz um Mr Rochester perfeito, deixando transparecer nas feições a tortura e a amargura de um homem que se crê já perdido para o mundo e para a felicidade.

             

Não vi mais nenhuma adaptação de Jane Eyre, que me lembre. Em criança, consolei-me de ver filmes antigos com a minha mãe aos sábados e domingos à tarde (RTP1, claro) e é muito provável que tenha visto adaptações de alguns dos clássicos que hoje adoro. Sei que vi a versão com o William Hurt como Rochester há muito tempo atrás mas, nessa altura, ainda não conhecia a obra nem a sua autora; lembro-me, no entanto, que fiquei apaixonada pela história e recordei durante muito tempo aquele final debaixo de frondosas árvores. Actualmente, tenho as adaptações quase todas (falta-me a de 1936) de Jane Eyre e hoje, finalmente, lá me decidi a ver a de 1943 com o Orson Wells e a Joan Fontaine. Pois foram quase duas horas agradáveis, ao contrário do que tinha imaginado. Apesar da excessiva mas usual teatrialidade dos actores, principalmente do Orson Wells, vê-se muito bem. É uma pena, contudo, que a obra original tenha sido tremendamente adulterada. 

De acordo com a Wikipédia, esta versão é aclamada especialmente porque, apesar de ter sido filmada em estúdio, em Hollywwod, conseguiu recrear os Yorkshire Moors de Inglaterra e incluíu cenários com sombras e nevoeiros próprios da goticidade das obras bronteanas. No entanto, como já referi, é aniquilada uma grande parte da história e há situações que não estão de acordo com a trama original de Charlotte Bronte. Eu devia ter adivinhado isso quando me apercebi do Dr Rivers que visitava as meninas em Lowood porque não me lembro dessa personagem no livro; lembro-me sim do John St Rivers, o pároco que, juntamente com as suas duas irmãs, abrigou Jane depois de esta fugir de Thornfield Hall. Desta pequena alteração surgem outras, sendo que quando Jane foge, vai refugiar-se em casa da Tia Reed, procurando o colo de Bessie, a única empregada que a acarinhou na sua problemática infância em casa da tia. Portanto, não existe o tempo em que Jane vagueou perdida e sem tecto até ser acolhida pelos St Rivers; não existe o tio rico da Madeira que lhe deixa a sua fortuna, não existe o tempo em que Jane leccionou na sua própria escola, o pedido de casamento de John... Tudo isso foi suprimido desta adaptação.

No entanto, aquilo que mais desgostei nesta versão de 1943 foi definitivamente a interpretação de Orson Wells! O homem consegue tirar todo o encanto a Edward Rochester. E fico insegura quando vejo que o caracterizavam como "a magnificent figure of a man, over six feet tall, handsome, with flashing eyes and a gloriously resonant speaking-voice". Serei eu com os gostos trocados ou serão os tempos que são miraculosamente diferentes?! É que aquela 'resonant speaking voice' associada ao dramatismo exagerado do senhor, quase que me levava a deixar filme a meio. Joan Fountain definitivamente, e para mim, salvou o filme de se tornar um desastre. Ela e as outras personagens. Ah! Convém lembrar que uma Elizabeth Taylor muito jovem aparece aqui no papel de Helen Burns, a amiga de Jane na escola de Lowood, que vem a falecer, deixando a nossa heroína novamente desamparada e sem amigos. E temos ainda Adéle. Nunca gostei dela nas adaptações mais recentes, sempre melosa demais (como convém, eu sei). No entanto, esta tocou-me de maneira diferente. Gostei. Achei-a doce sem ser em excesso e bem mais controlada que as suas sucessoras mais recentes, tendo conseguido arrancar-me alguns sorrisos com a sua meiguice.

publicado por Sandra F. às 23:16

06
Ago 12
 

Setembro marca o regresso das séries televisivas, entre novas séries e temporadas fica dificil de saber o anda por aí.

O Great Minds Think Alike dá uma ajuda. Apresentamos a seguir um trailer que contém várias séries da BBC e o destaque vai naturalmente para Parade´s End e a segunda temporada de The Hour. 

Parade´s End é protagonizada por Benedict Cumberbacth e adapta um livro de Ford Madox e tem lugar durante a primeira Guerra Mundial. 

The Hour retoma a vida de Hector, Bel e Freddie nos bastidores de um programa de informação televisivo nos anos 50.

No segundo trailer temos The Paradise, adaptação de uma obra de Emile Zola, tudo se passa numa loja, parece ser bastante interessante.

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
 
publicado por Vera às 15:45

02
Ago 12

Foi no passado domingo que vi que esta série estava a passar na RTP Memória. Para quem não conhece trata-se de uma espécie de pai para a série Downton Abbey.

A série passou na televisão nos anos 70 e foi um sucesso enorme, tal como a sua filha actual, retrata a vida da família Bellamy, uma familia rica que vive em Londres, numa zona chique e temos claro também a vida dos criados da casa. A série começa tal como Downton Abbey antes da Primeira Guerra Mundial. Já li alguns comentários que diziam que esta série era bem melhor que Downton Abbey. Pessoalmente nunca vi mas tenho curiosidade e embora saiba que séries mais antigas, são mais paradas, têm um menor número de planos, os actores são, por vezes um pouco teatrais, vou espreitar. Aqui fica a sinopse retirada da página da RTP Memória:

 

A "Família Bellamy" é uma série mítica de televisão. Passada numa casa senhorial em Londres no princípio do século XX, a série conta as peripécias de quem vive nos andares de cima (upstairs), os patrões e de quem vive nos andares de baixo (downstairs), os empregados. Tanto patrões como empregados vivem amores, desamores, alegrias, frustrações, ódios e paixões. Perpassa nestes episódios toda a vida londrina do início do século, num fresco fantástico e emocionante. Figuras míticas são o dono da casa, um deputado, sempre envolvido em política, a dona da casa, a cozinheira, os restantes empregados e sobretudo o incrível mordomo Mr. Hudson. Uma série dos bons velhos tempos para ver e rever e que continua fascinante passados que são tantos anos.

 

Aos domingos às 22h45m.

publicado por Vera às 10:52

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