29
Jun 13

Primeiro livro de Charles Dickens que leio, apesar de conhecer quase todos os seus livros e ambicionar lê-los todos, só que em português. E como se sabe, em português e atualmente, poucos livros dele existem traduzidos.

 

 

Ora, este eu descobri por acidente em casa dos meus pais. E tinha sido meu, naquela altura em que eu não valorizava muito os grandes clássicos ingleses. Dos 'Contos de Natal' posso dizer que gostei muito e que, apesar de ter visto algumas adaptações televisivas ou cinematográficas da história, ler o conto é muito mais entusiasmante. É belo, mesmo! E realmente percebe-se como Dickens conseguiu tornar o Natal naquilo que é hoje, uma época mágica,de alegria e união.

 

Já 'The Chimes' ou ' Os sinos de ano novo' é diferente mas igualmente belo. A linguagem utilizada é soberba, como se fosse cantada e muito, muito ativa. Dá a sensação que estamos a assistir a um musical. É realmente um texto diferente, não de todo aprazível a qualquer um, mas que nos envolve no maravilhoso espírito dickensiano.

 

E ficou, mais do que nunca, uma vontade imensa de ler mais livros de Dickens.

publicado por Sandra F. às 17:59

06
Jun 13

Este livro sempre fez parte da lista de clássicos da Literatura que quero ler. Tive o livro várias vezes na mão em livrarias, mas acabei sempre por não o comprar. Só recentemente é que o fiz e não demorei muito a lê-lo.

 

Julgo que todos conhecem a história de Dorian Gray, mesmo que nunca tenham lido o livro ou visto a adaptação de 2009, um filme que não faz qualquer justiça ao livro. A ideia é demasiado fascinante para ficar escondida nas páginas do livro. Dorian Gray tem um retrato seu pintado pelo seu amigo Basil, um dia num misto de horror e alegria Dorian descobre que o retrato está a mudar. Ao contrário daquilo que eu pensava o retrato não envelhece apenas, ele também vai mudando as expressões afáveis e jovens para outras mais duras e cruéis.

 

Dorian é apresentado como sendo um jovem muito bonito, um verdadeiro Adónis, a sua beleza é, de certa forma, cobiçada por Lorde Henry. Dorian e Lorde Henry conhecem-se através de Basil no momento em que este termina o retrato de Dorian. Lorde Henry, com o seu discurso, acaba por corromper Dorian que começa a considerar, a beleza e a eterna juventude como o mais importante da vida.

Ao ver o quadro um dia, após alguns acontecimentos importantes, Dorian percebe que os seus actos estão reflectidos no retrato.

Na minha opinião, o retrato acaba por funcionar como um espelho onde as acções de Dorian se reflectem e como a voz da consciência. Livre das restrições, Dorian acaba por poder fazer aquilo que bem entende, sem culpa, sem dúvidas ou remorsos.

 

Inicialmente esta leitura custou-me. Primeiro porque sendo eu uma leitora fervorosa de clássicos não estou habituada a que estes tenham páginas e páginas de diálogos. Mas não é nada que não me tenha habituado e como todos sabem Oscar Wilde era essencialmente um dramaturgo, este foi o seu único romance, por isso é natural que tenha muitos diálogos.

A escrita de Wilde é simplesmente maravilhosa, contudo inicialmente também me causava um pouco de confusão. Wilde usa e abusa da ironia, mas ao contrário da Jane Austen que a usa para fazer humor, Wilde é bastante cínico. No entanto aquilo que diz dá que pensar e não é a toa que o escritor é dos mais citados por essa internet fora.

 

O retrato de Dorian Gray não é um livro que agradará a todos os leitores, mas aqueles que gostem de temas como a juventude eterna, a corrupção de alguém, os caminhos errados que se percorrem na busca pela felicidade irão com certeza de gostar deste livro. Dorian Gray não é um personagem atormentado que procura a redenção como outros personagens parece antes não querer voltar ao caminho do bem e isso também o torna interessante aos olhos do leitor.

 

publicado por Vera às 13:01

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