Escrevo este artigo baseado inteiramente na minha opinião pessoal, que por falta de compreensão da minha pessoa pode ter conduzido a ideias erradas acerca do mesmo.
Quando comecei a ler o livro foi na perspectiva do romance histórico, desde sempre me senti atraída pela história e por toda a literatura que de uma forma descritiva nos transporte para outras épocas. Gosto por isso, maioritariamente de livros não contemporâneos.
No presente caso parece me que este deva ser um livro conduzido na sua leitura por alguém com conhecimentos literários que nos permitam a compreensão a um nível mais profundo.
A minha formação é na área das ciências e embora do ponto de vista de interpretação muitas vezes isso não se sinta de forma particularmente pronunciada, neste livro, que não pretendia ser, mas é um meio caminho na prosa poética, limitou a minha compreensão da história e organização literária. Contudo, talvez por não ter sido uma obra discutida por mim ao longo da minha formação eu tivesse curiosidade em conhecer a mesma.
A história centra-se no tempo das Guerras Santas na Península Ibérica, antes de Portugal ser Portugal e da Espanha ser Espanha, apesar de o livro ter sido escrito em meados do século XIX.
Este retrata todo um sistema de valores em vigor na época na qual decorre a acção, a luta como uma forma de defesa da honra, a religião como uma fuga às paixões humanas e às frustrações das nossas vidas na terra, a traição da pátria e o amor proibido entre Hermengarda e Eurico. No final é uma história triste e rebuscada, por Eurico se ter tornado Padre, Hermengarda Enlouquece e perante cenário tão devastador Eurico parte para o combate na esperança de morrer...
Devo dizer que já não se fazem histórias de amor assim, até porque tudo naquele momento faz o leitor desejar um final diferente para a história e claramente nos leva à compreensão que a vida nos tempos de Hoje parece muito mais simples na interação humana.