21
Ago 14

Este é um artigo de opinião e não um artigo de resumo da história:

O livro é de uma escrita de fácil leitura e em simultâneo interessante como um facilitador para a reflexão de temas filosóficos e profundos, dando-nos a conhecer ideologias e factos da cultura russa à época.

Foi com grande espanto meu que me apercebi que a história do romance de Anna Karenina com o conde wronsky, não é totalmente a história central do livro, mas que surge como uma história paralela a tantas outras. Na minha opinião Levine é talvez a personagem central do livro, aquele que tem todas as dúvidas na cabeça, aquele que no seu coração conhece Deus pelo conhecimento do bem e do mal e sem se apegar à moda da religião. Aquele que tendo tantas falhas tem tantas virtudes, as do homem simples que a cultura não domesticou nem prendeu. 

Levine é um homem do campo, permanece assim e votado ao trabalho e à família do início ao final do livro, contrariando talvez todos os outros que tendo um fundamento na crença são fracos na moral e na acção para com os outros.

Gostei ainda neste livro, das discussões e reflexões sobre o socialismo o lugar dos homens e da riqueza. Mais que um romance é um livro fruto duma cultura e duma sociedade, onde os seus costumes estão bem espelhados.

 

Recomendo vivamente a leitura.

 

publicado por Eva Sousa às 20:42

06
Ago 13

Este romance é de fácil leitura.

Passa-se na Inglaterra no  pré-revolução industrial e trata um pouco dos costumes e guerras que se travavam para que começasse a haver mecanização das tarefas nas fábricas, através da utilização de teares que necessitavam de menos intervenção humana.

O livro em si é de uma simplicidade extrema.

A história assenta na Menina Caroline Helstone e na Menina Shirley, sendo Caroline a sobrinha de um pastor, que ao longo da História descobre na preceptora de Shirley a sua Mãe, da qual há muito não tinha notícias.

A Menina Shirley é rica, e como tal apoia a revolução industrial e o desenvolvimento da região, ao apoiar um rapaz de origem flamenga de nome Mr. Moore. Este senhor possui também um irmão que foi  Professor de Shirley, o qual é apaixonado por ela sem que o dê a entender.

Ao longo do livro encontros e desencontros amorosos vão acontecendo entre Caroline e Shirley, com os pretendentes de ambas.

Nesta história dou especial relevo ao papel da mulher, na figura de Shirley a qual em determinadas partes se assume como uma figura masculina. Esta excentricidade, vista aos olhos da época, poderia talvez ser desculpada pela sua figura de poder. Ainda assim, é uma personagem submissa . Vê-se, também nesta história, um domínio do Professor que pode ser comparável a Villette e segundo as biografias de Charlotte Brontë  provavelmente coincidiria com o feitio masculino autoritário que atraia a autora. Neste caso uma mulher poderosa procura um homem, do ponto de vista social numa classe inferior à sua, para se submeter a ele.

Outra questão importante do livro é o papel que o amor tem na saúde física de algumas personagens, numa época em que a depressão não seria ainda uma doença do ponto de vista clínico reconhecida é contudo descrita com os  sintomas que agora são alarmantes e caracteriza-se na sua influência na saúde física, não somente no comportamento das personagens afectadas.

De todos os livros de Charlotte Bronttë, pareceu-me sem dúvida o mais leve. Não aborda a luta do proletariado como Elizabeth Gaskell ou Charles Dickens, tendo ficado muito na rama destes acontecimentos e do ponto de vista romântico estas heroínas não têm a força que se encontram nos outros romances. Apesar de ser um bom livro não encontrei nesta história o carisma que se encontra nas outras obras de Charlotte.

 

 

 

publicado por Eva Sousa às 21:53

23
Mai 13

 

 

 

 

Este livro é composto por vários contos que giram todas em torno dos mesmos personagens em diferentes situações e fases diferentes da vida. Não sendo uma história unificada na sua globalidade os vários contos têm pontos comuns entre si , à totalidade Obra de Charlotte Brontë e mesmo à obra das suas irmãs, como o papel do sobrenatural e as intricadas relações amorosas que tudo vencem no final.

Estes textos apesar de curtos , de as histórias serem infantis e parecerem-se com "contos de fadas" são de difícil leitura e acompanhamento por parte do leitor.

Parece-me uma obra importante sobretudo para  conhecimento da riqueza imaginativa da escritora e da família Brontë uma vez que todos os irmãos se entretinham a criar histórias no ambiente fantástico descrito como verdopolis onde este livro se desenrola.

publicado por Eva Sousa às 22:02

11
Abr 13

 

 

Este livro foi escrito por Charlotte Bronte  e publicado em 1853 e seria segundo Virginia Wolf o melhor romance de Charlote.

Villette com a história de uma Inglesa, Lucy Snowe com muito pouco no mundo a não ser os amigos e o seu carácter estóico e forte.

A história começa ainda na adolescência da mesma, em que sem recursos, sem família e não querendo ser um fardo para os amigos esta rapariga decide trabalhar para seu próprio sustento, primeiro como ajudante de uma senhora inválida e após a morte desta por um golpe de coragem ou de desespero segue para uma cidade  francesa da qual ouviu falar - Villette.

Em Villette esta procura acolhimento numa escola e após algum tempo como ama torna-se professora de inglês. Aqui reencontra velhos conhecidos e amigos e numa sucessão de coincidências torna-se feliz. Aqui aprende o valor dos amigos nas pessoas do Dr. John da Madrinha de Paulina de Mr. Paul, e apercebe-se que não está sozinha no mundo. Pensa estar enlouquecida pela visão de uma freira fantasma que afinal é algo mais de carne e osso. Ao longo da História Lucy começa a amar alguém que parece verdadeiramente detestável e que duvido que como leitores seja o género de herói que apaixone alguém, ainda que tenha tanto de qualidades como defeitos.

Apesar do tamanho do livro e mesmo sendo muito descritivo cheguei ao fim a sentir que termina de forma abrupta... haveria mais do livro para escrever, mais das histórias de amor que aqui encontramos, mais das personagens que nos acompanham.

publicado por Eva Sousa às 21:31

06
Fev 13

 

Escrevo este artigo baseado inteiramente na minha opinião pessoal, que por falta de compreensão da minha pessoa pode ter conduzido a ideias erradas acerca do mesmo.

Quando comecei a ler o livro foi na perspectiva do romance histórico, desde sempre me senti atraída pela história e por toda a literatura que de uma forma descritiva nos transporte para outras épocas. Gosto por isso, maioritariamente de livros não contemporâneos.

No presente caso parece me que este deva ser um livro conduzido na sua leitura por alguém com conhecimentos literários que nos permitam a compreensão a um nível mais profundo.

A minha formação é na área das ciências e embora do ponto de vista de interpretação muitas vezes isso não se sinta de forma particularmente pronunciada, neste livro, que não pretendia ser, mas é um meio caminho na prosa poética, limitou a minha compreensão da história e organização literária. Contudo, talvez por não ter sido uma obra discutida por mim ao longo da minha formação eu tivesse curiosidade em conhecer a mesma.

A história centra-se no tempo das Guerras Santas na Península Ibérica, antes de Portugal ser Portugal e da Espanha ser Espanha, apesar de o livro ter sido escrito em meados do século XIX.

Este retrata todo um sistema de valores em vigor na época na qual decorre a acção, a luta como uma forma de defesa da honra, a religião como uma fuga às paixões humanas e às frustrações das nossas vidas na terra, a traição da pátria e o amor proibido entre Hermengarda e Eurico. No final é uma história triste e rebuscada, por Eurico se ter tornado Padre, Hermengarda Enlouquece e perante cenário tão devastador Eurico parte para o combate na esperança de morrer...

Devo dizer que já não se fazem histórias de amor assim, até porque tudo naquele momento faz o leitor desejar um final diferente para a história e claramente nos leva à compreensão que a vida nos tempos de Hoje parece muito mais simples na interação humana.

publicado por Eva Sousa às 10:10

14
Jan 13

 "North and South" é um livro absolutamente apaixonante! Após ver a série decidi ler o livro e digo que no final a Série me decepcionou, pois muito embora esteja muito bem conseguida o livro é perfeito. Devo dizer que é um livro repleto de todos os elementos que possam tornar uma peça literária interessante, amor luta entre classes, morte de entes queridos, sofrimento, na época da revolução industrial inglesa. A história situa-se em Milton, uma cidade fictícia, que contudo retrata bem as cidades industrializadas inglesas no séc XIX. É muito bem escrito, as personagens são profundas e conseguimos uma descrição tão perfeita que é impossível não nos imaginarmos a vivenciar a História. Claramente é muito mais que um romance, ainda assim a história de amor entre os dois protagonistas leva-nos a sofrer e amar com eles. Não é decifrável logo no início e todos os mal entendidos nos levam a acompanhar um caminho de amor doloroso até um final radiante. Apercebemo-nos da existência de um herói sem falhas que se acha pequenino na sua Humanidade devido ao seu começo humilde e a uma "falta de berço" ou perda do mesmo. Ficamos a conhecer uma heroína sem defeitos, consciente do seu valor e preconceituosa com«ntra os homens do comércio e da industrialização (sobretudo se estiverem no lado dos ricos e poderosos) que se vai tornando real e humilde ao longo da história. Acredito que Margaret se apaixonou pelo Mr. Thornton muito antes de se ter dado conta e esta simplicidade dum amor de coração intocável pelo seu próprio entendimento é simplesmente irresistível. Nisto tudo, após tão longas páginas devo reconhecer uma grande falha neste livro ... o facto de ter chegado ao fim, de bom grado me via a acompanhar a história pelo menos por mais 500 páginas...

 

 

 

publicado por Eva Sousa às 19:12

 "North and South" é um livro absolutamente apaixonante! Após ver a série decidi ler o livro e digo que no final a Série me decepcionou, pois muito embora esteja muito bem conseguida o livro é perfeito. Devo dizer que é um livro repleto de todos os elementos que possam tornar uma peça literária interessante, amor luta entre classes, morte de entes queridos, sofrimento, na época da revolução industrial inglesa. A história situa-se em Milton, uma cidade fictícia, que contudo retrata bem as cidades industrializadas inglesas no séc XIX. É muito bem escrito, as personagens são profundas e conseguimos uma descrição tão perfeita que é impossível não nos imaginarmos a vivenciar a História. Claramente é muito mais que um romance, ainda assim a história de amor entre os dois protagonistas leva-nos a sofrer e amar com eles. Não é decifrável logo no início e todos os mal entendidos nos levam a acompanhar um caminho de amor doloroso até um final radiante. Apercebemo-nos da existência de um herói sem falhas que se acha pequenino na sua Humanidade devido ao seu começo humilde e a uma "falta de berço" ou perda do mesmo. Ficamos a conhecer uma heroína sem defeitos, consciente do seu valor e preconceituosa com«ntra os homens do comércio e da industrialização (sobretudo se estiverem no lado dos ricos e poderosos) que se vai tornando real e humilde ao longo da história. Acredito que Margaret se apaixonou pelo Mr. Thornton muito antes de se ter dado conta e esta simplicidade dum amor de coração intocável pelo seu próprio entendimento é simplesmente irresistível. Nisto tudo, após tão longas páginas devo reconhecer uma grande falha neste livro ... o facto de ter chegado ao fim, de bom grado me via a acompanhar a história pelo menos por mais 500 páginas...

 

 

publicado por Eva Sousa às 19:05

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